Festival
reúne gastronomia e cultura de refugiados no Rio
Publicado
em 23/06/2018 - 17:37
Por Vinícius
Lisboa - Repórter da Agência Brasil* Rio de Janeiro
Com comidas típicas,
performances, artesanato e oficinas, refugiados que vivem no Rio de Janeiro
celebraram a cultura de seus países no Rio Refugia, festival gastronômico,
cultural e social em sua segunda edição na cidade. Neste ano, o evento foi
organizado no Sesc Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro.
Comidas típicas de países como
Haiti, Síria, Congo, Venezuela, Índia, Nigéria e Camarões estavam à venda em
barracas. O público formou filas para provar iguarias como o as típicas arepas
dos venezuelanos, principais solicitantes de refúgio no Brasil, em 2017, ao
lado de cubanos e haitianos.
Entre os refugiados da África, o
Brasil também recebe oriundos do Senegal, como Amina Nangob, que vive no Rio de
Janeiro há seis anos. No evento, ela vendia roupas e acessórios de estilo
africano.
"Eu vim para trabalhar e
tentar uma vida melhor do que eu tinha lá. Estou trabalhando muito",
disse, sorridente, enquanto atendia clientes em sua barraca. Para Amina, a
troca cultural é sempre positiva. "Cada um tem a sua vida, mas eu acho
que, às vezes, a gente pode compartilhar as experiências com outras pessoas
para melhorarmos".
A assistente social Suelen Felix
terminou a graduação com um trabalho sobre refugiados e foi ao festival manter
a troca cultural que recomenda que todos busquem: "Acho importante os
brasileiros se aproximarem dos refugiados e dos imigrantes. Se a gente olhar a
formação do povo brasileiro, tem uma mistura", lembrou Suelen, que
acredita que essa é uma forma de combater preconceitos como o racismo que
persiste na cultura brasileira
Suelen transformou a experiência
em programa de sábado com o namorado, o designer gráfico Guilherme Lopes.
"Tudo que tem um viés mais humanitário, a gente gosta muito. E a gente é
da umbanda, então, estávamos comprando coisas relativas aos orixás", disse
o designer.
*Colaborou
a repórter Tâmara Freire, das Rádios EBC
Saiba mais
Edição: Maria
Claudia
Nenhum comentário:
Postar um comentário