Banco de
perfil genético tem mais de 17 mil presos cadastrados
Publicado em 12/06/2019 - 11:34
Por Da Agência
Brasil Brasília
O Banco
Nacional de Perfis Genéticos já conta com 17.361 perfis de condenados
cadastrados, um crescimento de 165% em relação ao último relatório, de novembro
de 2018. Os dados são do relatório semestral da Rede Integrada de Bancos de
Perfis Genéticos, publicado ontem (11).
De acordo
com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os números revelam o
comprometimento e a força tarefa dos estados em coletar e inserir no banco o
material biológico dos condenados. A meta do ministério é alcançar 65 mil
cadastros até o final do ano.
Os dados
do banco genético auxiliam peritos nas investigações criminais, em nível
nacional e estadual. O relatório revela que em 825 investigações os dados foram
utilizados, incluindo crimes contra a vida, crimes sexuais e crime organizado,
e que foram processados mais de nove mil vestígios de local de crime no Banco
Nacional de Perfis Genéticos.
Cada
laboratório pertencente à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi
responsável por coletar amostras de DNA dos condenados nas penitenciárias,
analisar os perfis genéticos oriundos em locais de crimes, processar as
informações e incluir em seus respectivos bancos de dados. Os materiais foram
enviados ao banco nacional e são confrontados para busca de coincidências e
relação de suspeitos em locais de crime.
Para
alcançar a meta de 65 mil cadastros, a Secretaria Nacional de Segurança Pública
investiu R$ 9 milhões para aquisição de kits de coletas de
amostras biológicas, reagentes, picotadores semiautomáticos e analisadores
genéticos.
A Rede
Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi criada com objetivo de manter,
compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no
processo de investigação. Atualmente, 18 laboratórios estaduais, o do Distrito
Federal e o laboratório da Polícia Federal fazem parte da rede.
A
obrigatoriedade da identificação do perfil genético de condenados por crime
doloso, praticado com violência de natureza grave contra pessoa, está prevista
desde 2012. A estimativa do comitê gestor e secretaria executiva da rede é que
existam 137,6 mil condenados nessas condições e que deveriam ser identificados
pelo perfil genético.
Edição: Valéria Aguiar
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